Pesquisar este blog

domingo, 28 de outubro de 2012

Para Continuar...


Juliana Brito
 em 28/10/12
INDEPENDENTE DO RESULTADO DAS ELEIÇÕES DE AMANHÃ, NÃO NOS ESQUEÇAMOS QUE A CIDADE PRECISA DE CADA UM DE NÓS, PARA PROVOCAR, ANALISAR, CRITICAR E CONSTRUIR  OUTRO TIPO DE CONVIVIALIDADE.
A NATUREZA TEM SOFRIDO COM O NOSSO DESCASO E OMISSÃO. LEMBREMO-NOS DE QUE ELA PODE SOBREVIVER SEM A NOSSA PRESENÇA, MAS O CONTRÁRIO NÃO É POSSÍVEL.
O DESAFIO DE CONSTRUIR UMA CIDADE MAIS SAUDÁVEL E ACOLHEDORA ESTÁ POSTO A CADA UM DE NÓS INDIVIDUAL E COLETIVAMENTE E NÃO APENAS AOS GOVERNANTES. ESTES PRECISAM SER LEMBRADOS CONSTANTEMENTE QUE O SER HUMANO É UM SER DE RELAÇÕES E NÃO APENAS DE CONSUMO.
QUEREMOS LAZER, CULTURA, ESPORTE, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, TRABALHO DIGNO E PARA ISSO A CIDADE PRECISA PERTENCER DE FATO A SEUS MORADORES.
NÃO PRECISAMOS DE CRESCIMENTO DESORDENADO QUE APENAS INCHA E QUE ISOLA ALGUNS EM OÁSIS DE RIQUEZA CERCADOS POR MARES DE POBREZA.
QUEREMOS TER LIBERDADE E PRAZER DE IR E VIR PARA TODOS OS CANTOS, E FRUIR DOS ESPAÇOS DA CIDADE, ANDAR PELAS RUAS SEM MEDO E SOBRESSALTOS, ABRIR AS JANELAS DAS NOSSAS CASAS PARA ENTRAR O AR E A VIDA. TRAFEGAR COM TOLERÂNCIA E GENTILEZA. LEMBRANDO QUE AO LADO ESTÁ UM OUTRO SER HUMANO E NÃO UM INIMIGO OU CONCORRENTE.
QUEREMOS SAIR DE MANHÃ PARA TRABALHAR E VOLTAR COM VIDA PARA OS NOSSOS FAMILIARES.
QUEREMOS QUE AS ESCOLAS SEJAM ESPAÇOS DE ALEGRIA E DE TROCA. QUEREMOS MAIS ÁRVORES E MENOS PRÉDIOS, MAIS AR PURO E MENOS FUMAÇA, MAIS RIZADAS DE CRIANÇAS DO QUE BARULHO DE BUZINAS.
QUEREMOS QUE OS NOSSOS JOVENS VIVAM PARA SE TORNAREM VELHOS, QUE TENHAM SONHOS, PROJETOS E POSSAM FAZER ESCOLHAS. QUEREMOS QUE OS NOSSOS VELHOS SEJAM RESPEITADOS E ACOLHIDOS COMO OS GUARDIÕES DE UM SABER ACUMULADO.
QUE O ÁLCOOL E AS DROGAS NÃO SEJAM REFÚGIO E QUE HAJA ESPERANÇA PARA CONTINUAR VIVENDO.
QUEREMOS QUE OS QUE LUTAM SEJAM ADMIRADOS E O ÊXITO SEJA ALCANÇADO, E QUE NESSA CIDADE O COMODISMO E A ALIENAÇÃO NÃO PREVALEÇAM.
QUEREMOS QUE O AMANHÃ NOS ENCONTRE ACORDADOS E DISPOSTOS A CONTINUAR NA LUTA.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Hipocrisia dizer que Guilherme ou Herzem ganharam as eleições no primeiro turno!


Monalisa Barros*

Vitória da Conquista é uma cidade com uma história muito maior do que 16 anos de governo do PT. É verdade que os últimos governantes fizeram muitas coisas importantes para a nossa cidade, mas os anteriores também fizeram, a seu tempo, muitas conquistas e avanços. Não nos esqueçamos que fomos por 40 anos oposição a ACM, nessa cidade, mesmo numa época em que ele tinha todo o poder em nosso Estado. Sempre fomos guerreiros, valentes e ousados!
No primeiro turno, o povo da cidade disse bem claro que não está aprovando neste momento o governo local: mais da metade dos votos válidos foram contrários ao governo atual, portanto Guilherme PERDEU! Mas o outro lado, Herzem, também PERDEU, perdeu em número de votos para Guilherme.
Se não houve candidato vencedor, venceu o povo! E espero que os candidatos que passaram para o segundo turno possam ouvir o que a população está dizendo.
Para Guilherme: Conquista não tem dono! Não aceitamos campanha arrogante que prega que já ganhou sem rever posturas e sem reflexão do que não estamos gostando! Não ajuda ter um vice-prefeito que fica postando textos dizendo que já ganharam! Não aceitamos perseguições (tenho notícias de que coordenadores de setores da saúde estiveram nos serviços querendo saber em quem cada funcionário votou, chegou a fazer ameaças. Sei também que um médico chegou a levar o caso para a Coordenação da Campanha), ausência de diversidade nos discursos e homogeneidade entre seguidores. Não aceitamos maniqueísmos em que existe um lado bom, o do PT e um lado ruim, os outros! Não queremos ser tratados pelo governo do Estado como curral! Por acharem que a eleição já estava ganha, não precisaram fazer nada por nós e puderam liberar o edital do aeroporto de Feira de Santana em vez do nosso! Não queremos serviços públicos que possuem donos, pessoas que estão no cargo há 16 anos e portando-se como proprietários da vaga, do serviço e dos demais funcionários! Não queremos privatização da saúde, nem terceirização de serviços! Não queremos manipulação de conselhos de direitos! Não queremos o conceito de controle social, como concebido na sociologia nos anos 60, do controle do estado sobre a sociedade, queremos o conceito de controle social como cunhado na constituição de 88, controle da sociedade sobre o estado! Não queremos ser chantageados, dizendo que se o outro lado ganhar estaremos perdidos e tudo será desfeito. Não queremos campanha de baixo calão que denigre imagem de pessoas respeitadas, em nosso meio, como professores ou advogados! Não queremos que fuja do debate!
Para Herzem: Assim como Guilherme utilizou o slogan Conquista Não Tem Dono em 1992, agora chegou a sua vez de usa-lo, agora contra ele. Mas você precisa demonstrar que não vai leiloar nossa cidade entre seus apoiadores políticos. Que cumprirá a lei e colocará a execução das políticas públicas em primeiro lugar. Que seus assessores terão compromisso social e serão escolhidos pelo critério técnico e não pelas alianças políticas. Você precisa nos dar a tranquilidade de que as políticas públicas existentes irão não só permanecer, mas crescer em eficiência e qualidade, na saúde, na educação e na assistência social. Que não retrocederemos nas conquistas alcançadas como o orçamento participativo, os conselhos locais de saúde e todos os conselhos de direitos. Que vc não irá mudar tudo, só o que se fizer necessário! Que você saberá separar os que hoje te apoiam e os que vão efetivamente governar a cidade. Tem muita gente ao seu lado que conhecemos de longas datas e não confiamos. Que você poderá mudar de opinião, faz parte da vida isso, mas saberá nos explicar por que mudou e em quais circunstâncias. Será responsável com a condução de nossa cidade acima de interesses pessoais ou do seu grupo. Que queremos uma mudança, mas não queremos por em risco o já conquistado. Você precisa nos fazer confiar na sua proposta!
Nós precisamos assumir que queremos mudar, seja com o mesmo grupo que hoje temos, ou, seja com o novo! E saibamos cobrar! Sabemos que não temos donos e por isso se no próximo pleito não fizerem como nós, a maioria, está querendo, nosso grupo poderá crescer e tirar qualquer dos dois de lá! Nós temos o poder!

*Psicóloga. Mestre em Pesquisa Aplicada à População. Especialista em Psicologia Hospitalar. Fundadora do Programa de Educação para a Vida – PEV. Docente do curso de Medicina da UESB.

Encontros com a História – Ano III

Propondo uma continuidade no debate sobre temas importantes no campo da História, o projeto de extensão “Encontros com a História” dá início ao seu Ano III, durante os meses de outubro e novembro, no campus de Vitória da Conquista. O evento reúne estudantes e pesquisadores da Uesb.
Nesse ano, a programação inclui temas como “Camilo de Jesus Lima: poeta e político” e “90 anos do Partido Comunista no Brasil: Uma reflexão Crítica”. Podem participar do evento discentes do curso de História, de áreas afins, docentes do Ensino Fundamental, Médio, Superior, e demais interessados.
Confira o cartaz do evento e, em caso de dúvidas entre em contato com o Departamento de História (DH) pelo telefone (77) 3424- 8666.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Votarás para prefeito ou pedreiro no segundo turno?

Parece que paramos no tempo. Há 20 anos atrás nos indignávamos quando qualquer gestor público executava obras públicas em períodos próximos às eleições. Hoje, a máquina pública é escancaradamente posta a serviço de partidos políticos que fazem isso sem nenhum constrangimento. Fica a questão da pergunta do título deste post.

Estado Democrático de Direito e o Mensalão


Itamar Pereira de Aguiar*
O julgamento dos acusados de participarem do MENSALÃO chegou ao fim ontem, dia 23 de outubro, quando foi anunciado o resultado da votação sobre o crime formação de QUADRILHA, a decisão do desempate em algumas votações e a condenação de cada um dos que cometeram crimes de Corrupção Ativa, Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro, Evasão de Divisas e Formação de Quadrilha. Além disso, se iniciou mensurar as penas a serem aplicadas a cada um dos réus. Marcos Valério, responsável por liderar o núcleo financeiro do esquema dito “mafioso”, por alguns dos crimes cometidos foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão e pagará quase um milhão de reais. E assim, segue o andor anunciando que os corruptos deverão ser punidos por agressão inominável à paz pública, ao subverter os fundamentos do dito Estado Republicano Democrático de Direito.        
Assisti a quase todas as sessões de julgamento, verdadeiras aulas de Direito e de Filosofia do Direito. Abstraí desta experiência que os Ministros do Superior Tribunal Federal são Juristas no sentido pleno do termo e debateram as suas convicções com altivez e competência, divergindo muitas vezes uns dos outros, mas fundamentando com consciência e conhecimento de causa as defesas das suas posições e seus votos, ao final foram vencedoras as teses do Ministério Público Federal e do Relator Ministro Joaquim Barbosa. 
O Ministro Marcos Aurélio de Mello disse serem os julgados por formação de quadrilha em número de 13, número emblemático que marca a identidade do Partido dos Trabalhadores – PT que através dos seus principais lideres arquitetou o esquema criminoso de assalto ao Poder, um sistema sofisticado, ardiloso e composto dos núcleos financeiro, político e publicitário. Os publicitários que fizeram a campanha do ex-Presidente Lula recebeu, fruto deste esquema mais que dez milhões de reais depositados em instituição financeira no exterior, por falta de prova foram inocentados. Mas, neste caso cabe perguntar quem vai devolver estes valores aos cofres públicos? O ex-Presidente Lula foi beneficiado por esse mal feito? Caso afirmativo pergunta-se cabe imputar ao ex-Presidente alguma responsabilidade?
Após o extraordinário bem feito do Superior Tribunal Federal, ascende-se a esperança dos brasileiros, esperança fortalecida por alguns outros resultados positivos, fruto da aplicação da Lei da Ficha Limpa que durante o pleito eleitoral de 2012, puniu alguns daqueles que desviaram dinheiro público e cometeram outros crimes, com as cassações dos registros das suas candidaturas. Assim, temos motivos para acreditar que algo mais pode acontecer e, os brasileiros estão agora a caçar respostas às perguntas sobre a participação do ex-Presidente e líder maior do PT em todos os tempos, neste esquema que agride sobre medida a paz social em nosso País e pode ser em grande parte responsável pela enorme violência que vitima os brasileiros quotidianamente, práticas inaceitáveis que pavimentam os caminhos da barbárie. Assim, ficou decretado o fim do círculo vicioso do dito “modo petista de governar”. 
A eleição em Vitória da Conquista ainda não terminou, o resultado do primeiro turno surpreendeu aos petistas que atônitos buscam por todos os meios conquistar mais um mandato para o seu candidato, aquele a quem o ex-deputado Elquisson Soares um combativo político na defesa da Democracia e contra a ditadura militar chamou de “candidato fujão”. De fato, se examinada a sua trajetória política percebe-se Elquisson tem razão. Em 1994 após trocar o PV pelo PT, o dito cujo, foi eleito deputado estadual, dois anos após abandonou o mandato; em 1996 foi eleito prefeito e em 2000, reeleito, em 2002 fugiu do mandato de prefeito para exercer o de deputado federal; em 2008 deixou o de deputado federal para ser prefeito pela terceira vez. No pleito de 2012 foi convidado a participar de um debate promovido pelo Curso de Filosofia da UESB com um mês de antecedência, e fugiu sem se quer responder ao convite, também não compareceu aos demais debates promovidos por outras instituições, convidado pela TV Sudoeste não compareceu e ficou por isso, marcado como “fujão”. Será que vai fugir ao próximo debate? Caso seja reeleito abandonará o mandato mais uma vez pela metade?   
A sua campanha tem sido marcada por propagandear, “estar no coração da gente”, a fazer marketing do futuro e mentir sobre a origem dos feitos no presente. Ao tecer loas ao programa de habitação popular afirmou ter sido por ele criado em 1996, mentiu! O Programa e o Fundo Municipal de Habitação Popular foram criados pela Lei Nº 570/92; Ao se defender das acusações de privatizar o hospital Esaú Matos, afirmou ser fruto da sua gestão, mentiu novamente, pois foi construído pelo Prefeito Murilo Mármore. Na carreata em comemoração antecipada da vitória no primeiro turno, afirmou que dela participaram um mil e setecentos carros e motos, mentiu pela terceira vez, ela saiu da porta de casa e, contei um por um, foram 292 carros, umas 15 bicicletas e, aproximadamente, 30 motos. 
No segundo turno o marketing mudou e saiu do “coração da gente” para evidenciar a personalidade autoritária e egocêntrica do candidato, marcar a sua identidade petista afirmando enfaticamente ser 13 o seu número, citando as obras que fez, mostrando imagens das obras que está fazendo, prometendo as que vão ser feitas, em fim, de modo escancarado faz “uso indevido da máquina administrativa em campanha”, na certeza da impunidade.                                                   
Muitos militantes do PT Brasil afora, participam intensamente dos atos da campanha, alguns podem ser considerados políticos “ficha suja” é o caso dos dois ex-reitores da UESB e do ex prefeito e atual deputado estadual. Os ex-reitores trocaram acusações, um abriu inquérito administrativo contra o outro e este, dizem encaminhou denúncia ao Ministério Público sobre o rumoroso caso dos “frangos”, as diversas irregularidades cometidas por ambos, se encontram registradas nos Relatórios do Tribunal de Contas ano 2002 e 2008. O ex-prefeito teve as contas dos exercícios 2004 e 2007 rejeitadas pelo Tribunal de Contas, situação informada em 05/07/2012 às 12 horas. Eles se reuniram em conluio e apóia a reeleição, o que vicia o pleito. A lei que garante a reeleição precisa ser extinta, mas enquanto tal não acontece promova-se a necessária alternância no poder através do voto, seguindo o exemplo do STF dizendo não aos políticos corruptos que negligenciam as suas responsabilidades e tomam de assalto o Poder.                       
*Professor da UESB, onde ministra aulas de Filosofia Política e Filosofia do Direito, dentre outras disciplinas. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Encontros com a História III


Mesa 01 - Camillo de Jesus Lima: poeta e político
Palestrantes:
Prof. Ruy Hermann Araújo Medeiros - (UESB)
Prof.ª Esmeralda Guimarães Meira - (UNEB/Caetité)
Coordenação: Prof.ª Maria Cristina Danta Pina (UESB)
Data: 25.10.2012
Horário: 19:15h
Local: Auditório I - Módulo Antônio Luiz

Mesa 02 - 90 anos do Partido Comunista no Brasil - uma reflexão crítica
Palestrante:
Prof.ª Marly de Almeida Gomes Vianna - (UFSCar/UNIVERSO)
Coordenação:
Maria Aparecida Silva de Sousa (GEPS/UESB)
Data: 29.11.2012
Horário: 19:15h
Local: Auditório I - Módulo Antônio Luiz

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“Memória e Ideologia no campo da luta de classes”


Memória e História Local
Palestrante: Prof. Ruy Medeiros
Auditório do Módulo IV da UESB/V.Conquista
Hoje, 23/10/2012, às 19:30

Objetivando investigar temas e processos relacionados à produção/reprodução capitalista e tendo como referenciais teóricos as categorias Ideologia, Memória e História e as entendendo como relacionadas aos fenômenos centrais desse processo, o GEILC (Grupo de Estudos de Ideologia e Lutas de Classe), ligado ao Museu Pedagógico da UESB, realiza o Projeto de Extensão “História, Memória e Ideologia no campo da luta de classes”.
Seus membros e coordenação entendem que discutir estruturalmente o capitalismo suas formas de dominação (em especial as referentes ao aspecto ideológico) se faz de uma importância ímpar, por tratar-se de um processo que atinge todas as esferas da vida social de toda e qualquer nação, pois produz/reproduz os mecanismos de exploração característicos do sistema.
Assim, discussões temáticas, num momento de crise sistêmica profunda pela qual passamos, com a presença de interlocutores de reconhecida capacidade intelectual, com comprovada produção acerca dos temas propostos, ajudarão a compreender o processo e contribuir nas pesquisas desenvolvidas a respeito.

sábado, 20 de outubro de 2012

Professores do Museu Pedagógico da UESB lançam mais um livro


A Editora Alínea acaba de apresentar o livro Educação e Religião, de autoria dos professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro e Itamar Pereira de Aguiar (org.), e que se encontra disponível em seu website. No conteúdo do mesmo encontramos outros professores da UESB.Na obra, os autores discorrem sobre aspectos históricos, sociais, políticos, culturais, antropológicos, pedagógicos, filosóficos, teológicos, morais e jurídicos pertinentes à presença da religião no Brasil. Referindo-se, indistintamente, aos pontos de consenso e dissensão envolvendo as categorias: Estado, Igreja e Educação no Brasil, desde as suas origens, até a entrada de outras crenças.



Educação e Religião

Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro e Itamar Pereira de Aguiar (org.)


SUMÁRIO

Apresentação

Capítulo 1
O Altar, o Trono e o Ensino: os religiosos e a educação
Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro
Ruy Hermann Araújo Medeiros

Capítulo 2
O Ensino Religioso como Componente Curricular do Ensino Fundamental
Cézar de Alencar Arnaut de Toledo
Tania Conceição Iglesias
Marcos Ayres Barboza

Capítulo 3
Ascetismo Intramundano: a realização da ética protestante e o capitalismo
Humberto Santos de Andrade
Capítulo 4
Mística, Amor e Alteridade
Elton Moreira Quadros
Capítulo 5
Aspectos da Concepção de Educação no De Magistro de São Tomás
João Santos Cardoso
Capítulo 6
Simbolismo Cósmico na Arquitetura da Igreja e Convento de S. Francisco de Salvador: uma cosmovisão
 arquitetônica de Frei Rafael da Purificação
Fr. Hugo Fragoso ofm
Capítulo 7
“Filhos do Padre”: ensino de primeiras letras para a mocidade cachoeirana (1840/1847)
José Carlos de Araujo Silva
Capítulo 8
Ação Pastoral e Educação: uma visão histórica e documental (1961-1992)
Ivana Teixeira Silveira

Caso seja professor e a obra atenda ao programa de sua disciplina, como bibliografia, você pode solicitar um exemplar para avaliação, com desconto especial de 50% sobre o preço de capa, acessando aqui.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Menos de 9% dos jovens pretos fazem ou fizeram faculdade, diz MEC


Percentual já foi de 1,8% em 1997, e de 5% em 2004.
Nova lei torna obrigatória a cota racial nas universidades federais.

Nathalia Passarinho

Apenas 8,8% dos jovens pretos entre 18 e 24 anos frequentam ou concluíram o ensino superior, de acordo com dados do Censo do Ensino Superior de 2011, divulgados nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Educação.
De acordo com o MEC, 17,8% dos jovens entre 18 e 24 anos estão cursando ou já se formaram em uma instituição de ensino superior. Os pretos (o IBGE adota a terminologia "pretos" para as pessoas da raça negra) e pardos são os que menos frequentam universidades, apesar de representarem mais de 50% da população brasileira.
Em 1997, apenas 1,8% dos pretos jovens cursavam curso superior. O percentual passou para 5%, em 2004, e 8,8%, em 2011. Dentre os jovens que se declaram pardos, 11% estudam em universidades ou já possuem diploma. Em 1997, o percentual era de 2,2% e, em 2004, era de 5,6%.
Já entre os jovens brancos com 18 a 24 anos, 25,6% estudam ou concluíram curso em instituição de ensino superior. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as cotas sociais obrigatórias em universidades federais devem aumentar o ingresso de pretos e pardos.
 “Nossa meta é que a presença de negros a nível superior seja proporcional ao Censo Nacional. Ou seja, que os negros tenham o mesmo peso no curso superior que possuem na população brasileira. Uma década a partir desse ano é um período razoável para diminuir essa desigualdade”, afirmou Mercadante.
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Matrículas crescem 5,6%
O Brasil registrou, em 2011, 6.739.689 matrículas em instituições de ensino superior, um crescimento de 5,6% em relação a 2010, segundo dados do Censo da Educação Superior.
De 2001 a 2011, o aumento no ingresso de brasileiros em universidades foi de 124,9%.
Os cursos tecnológicos são os que tiveram maior procura. O crescimento no número de matrículas nessa área foi de 11,4% em relação a 2010. Os cursos de bacharelado tiveram aumento de 6,4% na procura e os de licenciatura, de 0,1%.
“O setor público está fazendo grande esforço em estimular essas áreas tecnológicas. O programa Ciência sem Fronteiras dá prioridade a isso, especialmente engenharia”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
A rede pública de ensino teve aumento de 7,9% nas matrículas, enquanto na rede privada o percentual foi de 4,8%. O ensino à distância representa 14,7% do total de matrículas registrado em 2011.
“Não queremos que haja um crescimento muito grande do ensino à distância, porque a qualidade precisa ser controlada. Ele precisa ser regulado e observar padrões de qualidade”, disse Mercadante.
Mulheres
As mulheres na faixa etária entre 18 e 24 anos têm presença maior que os homens nas universidades. De acordo com o MEC, 20,5% das jovens brasileiras frequenta ou já se formou em instituição de ensino superior. Entre os homens dessa faixa etária o percentual é de 14,6%.
Região
O Centro-Oeste é a região com maior percentual de jovens entre 18 e 24 anos em universidades- 23,9%. No Sul, 22,1% das pessoas nessa feixa etária frequentam curso superior.
No Sudeste o percentual é de 20,1%. Nas regiões Norte e Nordeste 11,9% dos jovens já possuem diploma ou estão estudando em universidades.O percentual nessas duas regiões era de 3,6% em 1997 e de 6,4% em 2004.
Fonte: G1

Marxismo21 disponibiliza dossiê sobre Caio Prado Jr.


Caio Prado Júnior: teoria e militância política


Dando sequência à série de matérias sobre os trabalhos de relevantes autores do pensamento marxista brasileiro, marxismo21 divulga agora a obra de Caio Prado Jr. Nesta página divulgamos o primeiro capítulo de A revolução brasileira, livro que, no final da década de 1960 e nos anos 1970, provocou intensos debates no interior das esquerdas brasileiras. Sofia Manzano, do comitê editorial, escreveu, especialmente para esta seção, um breve artigo sobre o significado teórico e político do livro; outro pesquisador, Luiz Bernardo Pericás, é autor de um texto bio-bibliogáfico sobre CPJr.. A seguir, divulgamos documentos, artigos e trabalhos acadêmicos sobre aspectos da obra do historiador marxista brasileiro. Os Editores.
O dossiê pode ser acessado ao clicar AQUI.

Lançamento do livro Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo

Clique na imagem para ampliá-la.

Livraria Cultura Conjunto Nacional - São Paulo
Livraria da Travessa Ipanema - Rio de Janeiro
29/10/2012 e 13/11/2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Salários baixos provocam fuga de professores da carreira

Rita de Cássia se tornou professora por acaso
 e se apaixonou pela profissão. Ela confessa,
no entanto, que é difícil seguir atuando na área

Piso salarial de R$ 1,4 mil está longe da remuneração de outras profissões, que muitas vezes exigem menos qualificação e dedicação

Priscilla Borges

Rita de Cássia Hipólito desistiu da carreira de projetista para fazer um mestrado e, por acaso, se tornar uma professora.Ensinar era a atividade mais compatível com a jornada de estudos. Apaixonou-se pela profissão e há sete anos trabalha na rede municipal de São Paulo dando aulas de história. A carreira, já tão desvalorizada, está prestes a perder mais uma profissional.

Sonho mantido: Eles querem ser professores
A paulistana de 37 anos, assim como tantos outros colegas, não vê valorização em seu esforço de se capacitar e dar boas aulas. Os alunos – e o carinho que demonstram por ela – são a única razão que a mantém na ativa até agora. Mas o salário, de aproximadamente R$ 2,8 mil por 40 horas de trabalho semanais, a obriga a reavaliar a profissão neste momento. “Eu não tenho reconhecimento de ninguém. Continuo pelo meu aluno, não por mim”, admite.
Meses atrás, Rita adoeceu. O terapeuta recomendava abandonar a profissão. “Eu chorava, porque não conseguia me imaginar longe da escola. Mas, aí, me vejo sendo tão maltratada como profissional, penso em largar”, admite. A professora, que fez bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais e mestrado em sociologia na Universidade de São Paulo, diz que sempre teve dois empregos para conseguir se manter. “Mas quando vi meu primeiro holerite me assustei. Eu ganhava mais dando aula particular”, conta.
A história de Rita, infelizmente, não é isolada. No Dia do Professor, comemorado nesta segunda-feira, muitos profissionais em todo o País lamentam – em vez de celebrar – a escolha de carreira que fizeram . O iG ouviu alguns professores de formação que, mesmo apaixonados pelo trabalho que desenvolviam, desistiram de tentar sobreviver com o salário da função, baixo diante de outras profissões, e mudaram de atividade.

Salários desproporcionais
Manoel, Rosângela e Joelma sentem saudades da sala de aula e dizem que, se as condições de trabalho fossem melhores e a remuneração mais alta, teriam continuado na profissão. É fácil compreender as razões deles. Para ser um professor, por lei, é preciso ser formado em Pedagogia ou em alguma licenciatura, cujo curso dura pelo menos três anos. Há muitos outros cargos que, com a mesma titulação, oferecem salários mais atraentes.

Para melhorar:  Piso, bolsas e carreira são promessas para valorizar professor
Manoel é servidor público no Senado Federal. Lá, um analista (cargo que exige apenas a graduação) inicia a carreira ganhando R$ 18 mil. Mais de 10 vezes o piso salarial do professor , que hoje é de R$ 1,4 mil e não é pago por muitos redes estaduais e municipais. No Judiciário, onde trabalham Rosângela e Joelma, um técnico (nível médio) e um analista (graduado) ganham, em média, 3,5 mil e R$ 6 mil, respectivamente, no início da carreira.
As diferenças salariais estão também em carreiras mais próximas à realidade do professor. O salário básico de um biólogo ou de um químico, por exemplo, é de seis salários mínimos, um total de R$ 3,7 mil. Há muitos professores dessas áreas que cursaram não só a licenciatura, que habilita a dar aulas, mas também o bacharelado e poderiam atuar como biólogos e químicos.
Para tentar mudar esse cenário, o Plano Nacional de Educação (PNE), que define as metas educacionais para o País nesta década, previu a valorização dos profissionais da área, equiparando os salários . A redação da meta 17, que trata desse tema, diz que o “rendimento médio” dos docentes será equiparado aos “dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano da vigência deste PNE (2016)”. Mas o projeto não define quais profissões seriam comparadas à do professor. E ainda não foi implementado.

Em busca de ascensão social
Ensinar foi a primeira atividade que chamou a atenção, e despertou o interesse, de Manoel Morais, 36 anos. O cearense, aos 10 anos, dava aulas de reforço para os colegas em dificuldade. Estudioso, achava fácil explicar o que sabia aos colegas. Estudante de química industrial na escola técnica de Fortaleza, Manoel não pensava em se tornar um professor até ser convidado, aos 17 anos, a dar aulas em cursinhos pré-vestibulares.

]Fora da Lei: Nove Estados ainda não pagam o piso dos professores para 2012
A vocação lhe parecia natural, mas Manoel queria fugir da profissão tão criticada pelos seus professores da rede pública, onde estudou a vida toda. Apesar das aulas no cursinho, fez vestibular para Engenharia Química. No meio do caminho, decidiu fazer licenciatura em Química e se tornar mesmo professor. “Comecei a estudar neurociências para entender como o cérebro aprende e poder ajudar meus alunos melhor”, conta.
Nova disputa: Seis governadores iniciam nova briga judicial contra piso do professor
Em 2004, no entanto, as ilusões de Manoel com a carreira acabaram. Ele começou a fazer concursos públicos para mudar de área de atuação. Em 2005, chegou a Brasília, após ter sido aprovado no concurso do Ministério Público da União. “Mudei em busca de ascensão social mesmo. O cargo de juiz exige apenas o bacharelado em Direito. Para dar aula em uma faculdade é preciso, no mínimo, um mestrado. E quem ganha mais? Não quis seguir na carreira que eu amo por conta da condição financeira mesmo”, admite.
Hoje, Manoel está prestes a concluir o curso de Direito e pensa em novos concursos. “Por causa da questão financeira, há uma fuga de cérebros do magistério. Teria ficado na escola se tivesse a oportunidade de ganhar a mesma coisa”, desabafa. Para diminuir as saudades da sala de aula, hoje Manoel ensina outras pessoas a estudar. Dá treinamentos aos sábados sobre técnicas de estudo e oratória.

Longe do sacerdócio
Como muitas mulheres de sua idade, Joelma de Sousa, 46 anos, fez o curso normal durante o antigo 2º grau. Antes mesmo de terminar o preparatório para o magistério, Joelma passou em um concurso da Fundação Educacional de Brasília. “Era o caminho mais rápido para o trabalho. Passei cinco anos dando aulas de alfabetização para crianças e adultos. Adorava meu trabalho. Eu via o começo e o fim dele. Um dos mais gratificantes”, analisa.
Opinião de ministro: “A valorização do professor começa pelo piso”, diz Mercadante
Como precisava ajudar a família a se manter, Joelma desistiu do curso de pedagogia. Estudou para um concurso e se tornou técnica judiciária. “A questão salarial foi a única razão para ter mudado de profissão. Fiquei muito triste quando sai”, relembra. Ela diz que, na época, o salário de técnica já era três ou quatro vezes maior que o de professora. Já trabalhando no tribunal, Joelma fez Letras-Tradução em Francês, depois cursou Direito.
“Se minha filha quiser ser professora, vou achar sensacional. A minha família não tinha condições de me apoiar nessa decisão à época, mas espero que eu possa. Ser professor não é um sacerdócio, todos precisam de dinheiro para viver. Se quisermos bons profissionais, teremos de pagar bem”, pondera.

Sonho interrompido
Rosângela Pinto Ramos, 51 anos, escolheu ser uma professora ainda criança. Filha de professora, ela admirava a mãe. Percebeu que tinha escolhido a carreira certa logo que terminou o curso de magistério. Começou a dar aulas e se apaixonou pelo ambiente escolar, o trabalho com os alunos. Fez o curso de pedagogia e sonhava em abrir seu próprio colégio.
Mas as diferenças salariais – e a oportunidade de atuar na própria área ganhando mais – a fizeram desistir. Rosângela começou a trabalhar no Judiciário quando os pedagogos ainda eram requisitados para atuar nas Varas de Infância e para trabalhar com jovens infratores.
“Mesmo assim eu continuei dando aulas, por prazer mesmo. Até que a correria me fez desistir das aulas”, conta. A servidora, que já não atua mais com sua área no tribunal em que trabalha, conta que sente saudades da sala de aula até hoje.

Professor entre as 10 carreiras que mais causam depressão


O curioso que coincidem com as piores no quesito remuneração

SÃO PAULO - Exaustão, acúmulo de estresse e pressão a todo o momento. Esses são alguns dos males contemporâneos que podem causar depressão nos profissionais. Imagine então se a profissão que você escolheu está constantemente ligada a muitas outras características como essas?
O site da revista Health listou as 10 profissões que são mais propensas que seus profissionais tenham depressão, ocasionada por estilos de vida incomuns e estressantes. Para a a conselheira de saúde mental e PhD, Deborah Legge, há certos aspectos que apontam que qualquer trabalho pode contribuir para exacerbar a depressão. “Porém, pessoas que trabalham com cobranças e tensão têm maiores chances de desenvolver a doença do que, por exemplo, pessoas que trabalham com gestão. Às vezes, os profissionais não se dão conta que estão doentes e que precisam de ajuda”, disse Legge.
Você ficou na dúvida se sua profissão está na lista? Confira abaixo as 10 carreiras que precisam de atenção:

Enfermeiras e cuidadoras de crianças
Esse grupo de profissionais está no topo da lista, com quase 11% que enfrentam a doença. Um dia típico pode incluir alimentação, banho e cuidar de pessoas que são incapazes de expressar gratidão e apreciação, "pois, eles estão muito doentes e muito pequenos para isso. Ou simplesmente não têm esse hábito”, revela o psicólogo clínico da Tufts University, Christopher Willard. “É estressante ver as pessoas doentes e não conseguir motivá-las positivamente”.

Garçons
Muitos garçons têm salários baixos e enfrentam jornadas de trabalho cansativas, tendo de lidar com inúmeras pessoas mal-educadas e briguentas. Enquanto 10% destes profissionais que enfrentam depressão a mais que no ano anterior, quase 15% são mulheres. “Muitas vezes, esse trabalho é ingrato. As pessoas podem ser rudes e há grande esforço físico diário. Quando as pessoas estão deprimidas, é difícil ter energia e motivação”, ressalta Legge.

Assistentes sociais
Não é surpresa constatar que os assistentes sociais estão entre os cargos com maiores chances de depressão. Lidar com crianças vítimas de abuso ou abandono e famílias à beira de inimagináveis crises e combinar essas situação com muita burocracia pode deixar qualquer profissional estressado.
“É errado cultivar uma cultura que dita sacrifícios emocionais em pró de um bom trabalho”, diz Willard. Isso se aplica, principalmente, com os assistentes sociais, que trabalham com pessoas carentes e se sentem presos ao próprio trabalho, por achar que não estão dando o máximo de si. É uma pressão muito grande atribuir ao seu trabalho sentimentos como tristeza, dor, felicidade, culpa.

Profissionais da saúde
Médicos, enfermeiros, terapeutas, fisioterapêutas e outros profissionais da área da saúde. Essas carreiras exigem longas e cansativas horas de trabalho e nos mais improváveis horários, tudo com muita atenção e cuidado. Além de atingir o físico, esses profissionais estão constantemente colocados em situações extremamente emotivas, em que vidas de outras pessoas estão em suas mãos, literalmente.
Em outras palavras, o estresse e a pressão sempre desafiará seu bem estar. “Todos os dias eles estão lado a lado com doenças, traumas e mortes, além de lidar com membros da família dos pacientes. Isso pode gerar uma triste perspectiva, que todo o mundo é assim”, lembra Willard.

Artistas e escritores
Essas carreiras podem trazer contracheques irregulares, horas incertas e isolamento. Muitos diriam que pessoas criativas são menos tristes, mas pense se as mesmas não conseguem ter inspiração? De acordo com a publicação, houve um aumento de 9% dos profissionais da área que relataram problemas com depressão, em relação ao ano passado. “O que mais eu vejo é bipolariedade entre os artistas. A depressão é comum para aqueles que trabalham com artes, pois seu estilo de vida contribui para isso”, afirma Legge.

Professores
Muitos professores trabalham em mais de uma ou duas escolas e ainda levam trabalho para casa. Em outras situações, eles aprendem a fazer muito com pouco recurso e tempo. “Há pressão para dar um bom ensino as crianças. Seus pais e escolas cobram do professor o cumprimento de normas e de demandas diferentes”, considera Willard. Para ele, as constantes cobranças podem fazer os profissionais esquecerem da razão de ter escolhido a área.

Profissionais de apoio administrativo
Pessoas dessas áreas, que incluem secretárias e atendentes, sofrem de um caso clássico: alta demanda, baixo comando. Eles estão na linha de frente, recebendo ordens de todas as direções, tanto dos clientes quanto dos patrões. Ainda, são normalmente mal-remunerados e se sentem inferiores por não ter poder para fazer além. Antes de duvidar do estresse causado por essa carreira, conte quantas vezes você já ouviu de algum atendente ou secretária a frase “isto não está ao meu alcance. Poderei lhe encaminhar para o gerente, aguarde”.
Além disso, não são reconhecidos por seu trabalho e ainda precisam contornar educadamente qualquer crise de seus patrões ou consumidores.

Profissionais de manutenção
Como iria se sentir caso apenas fosse procurado quando algo der errado? Isso é essencialmente o “ganha-pão” dos profissionais de manutenção, como encanadores, pintores, eletricistas, entre outros. Eles também têm de trabalhar horas incomuns, pois para atender a demanda, precisam ser rápidos e acessíveis, senão perdem para a concorrência.
Ainda, ganham pouco e fazer trabalhos cansativos. “Em termos de colegas de trabalho, eles são isolados, e isso pode ser um trabalho um tanto solitário”, pontua Willard.

Consultores financeiros e contabilistas
A frase “tempo é dinheiro” se coloca perfeitamente na situação. A maioria das pessoas não gostam de lidar com seus próprias finanças, então imagine lidar com milhares ou até milhões de outras pessoas? “Há grande responsabilidade em cuidar de finanças que não são suas e, ainda por cima, o profissional não tem controle do mercado. Nem sempre é sua culpa, mas mesmo assim, os clientes perdem dinheiro e eles provavelmente tirarão satisfações tão pouco educadas com esses profissionais”, ressalta Legge.
Fonte: BrFinanças

Senado aprova limite de alunos por turmas do ensino público; pré-escola terá 25 crianças


Marcos Chagas
Da Agência Brasil, em Brasília
As turmas de pré-escola e do 1º e do 2º ano do ensino fundamental da rede pública deverão ter no máximo 25 alunos. No caso das demais séries dessa etapa e do ensino médio, o limite é de 35 estudantes. A restrição está prevista em projeto de lei aprovado hoje (16), em caráter terminativo, pela Comissão de Educação do Senado.
O texto, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996), agora será analisado na Câmara dos Deputados. O autor do projeto, Humberto Costa (PT-PE), destacou que o elevado número de alunos por turma impede o acompanhamento e o aprendizado de cada estudante da rede pública.
Pelo texto aprovado na comissão, uma vez aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação no Diário Oficial da União.

Professores denunciam líder sindical e candidata a vereadora em Salvador


Em post assinado por já quase 6.000 internautas, professores do Ensino Fundamental e Médio da Bahia indignam-se por atitude considerada oportunista e desprovida de ética de dirigente sindical (APLB) e candidata a vereadora (PCdoB) de Salvador e exigem retratação pública por informações veiculadas em propaganda eleitorl acerca da situação da Educação na Bahia.
Por Negra Livre
EM LUTO! EM LUTA! NÃO ACEITAREMOS MAIS GOLPES! VAMOS P/ CIMA DOS/AS TRAIDORES/AS!
Preciso socializar algumas reflexões que ando fazendo nos últimos dias, tendo como culminância o fato de uma propaganda veiculado no horário da coligação do PT apresentar o depoimento de Jacilene, professora do município, dirigente sindical e candidata a vereadora pelo PCdoB. A história está viva em nossos corações e mentes, vivemos um dos mais duros massacres feitos por um governo, que se dizia ser de esquerda e comprometido com a luta da classe trabalhadora. Vou repetir mais uma vez, em alto e bom som, pois talvez essa digníssima professora nem saiba, pois não esteve na trincheira com os/as professores/as: Foram 115 dias de greve, 4 meses de salários cortados e 8 perdas irreparáveis, vidas ceifadas por uma política de governo cruel, criminosa e truculenta. Essa senhora, dirigente de uma entidade, a qual representa um conjunto de trabalhadores (APLB – sindicato) não tem o direito de dizer inverdades que vão de encontro à realidade e as agruras que sofremos ainda hoje.
Após o massacre exercido pelo governo de JW que nos retirou e barganhou direitos. A afirmação do Sr. Pelegrino, de que éramos injustos com o governador, de que trataria o funcionalismo municipal da mesma forma que Wagner trata o Servidor Estadual, ou seja, na base do chicote. Após tantas ameaças e intimidações, é inaceitável a postura dessa dirigente sindical. Exigimos da Direção da APLB – Sindicato, retratação pública. Ao ser “eleita”, esta assumiu um compromisso público, para garantir e lutar pelo interesses dos/as trabalhadores/as em educação. Não de trair os/as mesmos/as. No programa ela esqueceu propositalmente de dizer é que somente o Município de Salvador fez a correção do PISO NACIONAL, dado que foram abertas as contas do FUNDEB se garantindo aplicação da LEI Federal.
Outra questão, que precisa ser colocada e reafirmada mais uma vez para a entidade é que nós estamos em Estado de Greve, acordamos na última assembleia que a próxima seria na segunda quinzena de outubro, propositalmente a meu ver, não convocaram, assim como não pudemos definir uma agenda para essa semana. Como a base tem autonomia, responsabilidade compromisso com a luta foi realizada no dia 15/10 uma missa em memória das colegas que tombaram na greve, assim como pedimos proteção e força para continuar a nossa caminhada.
A postura da direção evidencia a tentativa de engessamento do nosso movimento em virtude do pleito eleitoral, p/ não comprometer a candidatura de Nelson Pelegrino. O argumento dado para a pausa, das reuniões agendadas com o governo (nos dias 17 e 18 na SEC), não se justifica, afinal estamos em Estado de Greve, portanto, o sindicato deveria convocar e mobilizar a categoria para fazer pressão e não desarticular as nossas ações.
Por último não entendo como a direção convoca uma atividade festiva sem caráter de protesto em pleno sábado letivo e com hora marcada. São incoerências que não consigo engolir, e nem quero. Só mais um recardo: estamos atentos/as e firmes, não aceitaremos mais nenhum golpe contra os nossos interesses. Todos à festa! Vamos mostrar a nossa baianidade a caráter: Em luta! E em luto!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

DESAFIOS DE SER PROFESSOR (A)


No Dia do (a) Professor (a) queremos refletir sobre os desafios em exercer essa profissão (ou função) que,  dada as suas características, pode ser considerada uma das atividades mais complexas da humanidade. Mas afinal, quais são os desafios de ser professor (a)?

A partir de sua principal atividade, que é a do ensino, podemos resumi-los em três grandes questões: o que ensinar? Como ensinar? E para que ensinar?
A primeira dessas questões (o que ensinar?) em geral ocupa a maior parte das discussões a respeito da atividade docente. Isto porque é a relação entre o ensino e o conhecimento gerado pela humanidade que justifica a existência das diversas instituições de ensino (escolas, faculdades, institutos, universidades etc.). Os conhecimentos ensinados nessas instituições têm como característica o fato de não poderem ser apreendidos pela humanidade de maneira espontânea, pois exige a mediação sistematizada de alguém ou de alguma coisa para que o outro também tenha acesso a ele. E é, justamente por isso que, para ser professor(a), para atuar como essa pessoa que vai mediar o acesso a esse conhecimento, não basta apenas conhecê-lo, é necessário saber como esse conhecimento foi produzido historicamente, qual a sua origem, e quais são as razões que determinaram que ele e não outro conhecimento fosse considerado necessário para o sujeito aprender. É preciso também saber como transformar esse conhecimento em “saber escolar”, ajustado, dosado e redefinido a partir das características de quem aprende e de seu nível de estudo.
Ter domínio do conhecimento, de suas formas de produção e transformá-lo em saber escolar, portanto, seria o primeiro desafio de ser professor. O que nos conduz a uma segunda questão:  Como ensinar?
Além de dominar o conhecimento, suas formas de produção e transformá-lo em “saber escolar”, ser professor exige que também se saiba como ensinar; como mediar o acesso a esse conhecimento de forma que quem aprende efetivamente também passe a dominar o conhecimento. Para responder a essa questão, existem muitas respostas. Não teríamos aqui como explicitar cada uma delas, mas poderíamos afirmar que, de modo geral, elas se agrupam em três diferentes grupos. Em um deles, algumas dessas respostas defendem a explicação e a repetição como sendo as maneiras mais apropriadas de ensino. Em outro grupo de resposta, se argumenta que a melhor forma de ensinar é não ensinar, mas proporcionar ao sujeito que aprende a experiência e, assim, ele aprenderá a aprender. E, por fim, o terceiro grupo agregam as respostas que defendem que é o acesso ao conhecimento problematizado a partir da prática social, a maneira menos alienada de ensinar.
Portanto, o segundo desafio de ser professor, seria o de encontrar a sua resposta, a partir de estudos teóricos que a sustente e fundamente, e ter uma prática coerente com elas. Mas para alcançar esse patamar de compreensão e de resposta, faz-se necessário ter resposta para a terceira questão: Para que ensinar?
O ato de ensinar não está isento de intenções (mesmo que o professor não tenha consciência disso). Para que eu ensino?; Qual a relação entre esse conhecimento e a formação de quem aprende?, são algumas perguntas que precisam de respostas do professor. Respostas que determinarão a relação do professor com o conhecimento, com as maneiras de ensiná-lo e de se relacionar com quem aprende. Para tanto, o desafio contido aqui está em perceber que a sua atividade docente não está isolada de todo o contexto ao seu redor. E que esse contexto implica desde as dimensões mais amplas da sociedade até as mais específicas da instituição em que trabalha, compreendendo a relação entre elas. O terceiro desafio, assim, trata-se de perceber que a sua atividade de ser professor(a) é eminentemente política.
Diante desses três grandes desafios, poderíamos afirmar que para “ser” professor(a) é preciso “tornar-se” professor(a), em um processo longo que passa por uma formação específica e pelo exercício de uma prática consciente. Ninguém, portanto, nasce professor(a), mas, como em toda profissão, o(a) professor(a) nasce naquele(a)s que desejam ocupar essa função e que aceitam como contínuo o enfrentamento do desafio de encontrar as respostas do quê, do como e do para quê ensinar.
E para a nossa sociedade fica posto também um desafio: o de compreender que o trabalho do(a) professor(a) só poderá se efetivar plenamente se for devidamente valorizado através da garantia de uma formação adequada, de salários justos e de condições de trabalho dignas. Parabéns a todo(a)s por este dia!

Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva – NECA/UESB
Profa. Dra. Leila Pio Mororó – NEFOP/UESB

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Há machismo na esquerda?


Concurso Público de Obras Artístico-Literárias da UESB


Encaminhamos em anexo o Edital Nº 176/2012, que selecionará obras para publicação via Concurso Público de Obras Artístico-Literárias da UESB, ao tempo em que solicitamos ampla divulgação do documento.
Inscrições: 12 de setembro a 16 de novembro de 2012
I. DA FINALIDADE
I.1. O Concurso para publicações de obras artístico-literárias da UESB, instituído no ano de 1999, tem por objetivo difundir obras inéditas, em língua portuguesa, de autores naturais e/ou domiciliados na Mesorregião Centro-Sul da Bahia.
I.2. Poderão ser selecionadas, em 2012, para produção, divulgação e publicação, com recursos da UESB, 04 (quatro) obras literárias, sendo 01 (uma) para cada modalidade a seguir especificada:
a)   literatura infantil ou infantojuvenil;
b)   contos ou crônicas;
c)    romance ou dramaturgia;
d)   poesia.
I.3. Os livros selecionados serão contemplados com a publicação, na qual constará o selo editorial da UESB, conforme especificações contidas no item V (DA FORMATAÇÃO/PUBLICAÇÃO).
II. DOS REQUISITOS PARA PARTICIPAÇÃO
II.1. O Concurso de publicações de obras artístico-literárias da UESB é aberto a todos os literatos e pesquisadores da área de cultura e arte, naturais e/ou domiciliados na Mesorregião Centro-Sul da Bahia.
II.2. Candidatos que já tenham obras literárias publicadas pela Edições UESB, poderão apresentar novas propostas, da seguinte forma:
- há mais de 2 (dois) anos (data de publicação do livro),  desde que em gênero literário diferente do já publicado;
- há mais de 4 (quatro) anos (data de publicação do livro), no mesmo gênero literário já publicado.
A/C
 Maria Dalva Rosa Silva
Diretora - Edições UESB